SOEVIN – Sociedade Evangélica Internacional

“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem; assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.” (Jesus Cristo – João 10: 14-16)

É perceptível ao lermos os quatro evangelhos, que Jesus costumava utilizar figuras de linguagens em seus ensinamentos. Apesar de ser um costume da cultura do povo em sua época, as figuras de retórica (linguagem ou estilo) se faz presente também nos dias de hoje, não apenas na literatura, mas também na linguagem comum do quotidiano. Uma das figuras de estilo mais utilizadas e mais vistas nos evangelhos é sem dúvidas a metáfora. A metáfora acontece quando atribuímos as características de determinada coisa ao elemento metaforizado, ou seja, como as ovelhas são gregárias, sensíveis e inteligentes, elas servem bem de metáfora para a Igreja de Jesus Cristo, pois ela vive em sociedade, é sensível (às coisas relacionadas a Deus e às questões humanas) e inteligente (não apenas pelo fato da inteligência ser uma das características intrínsecas no ser humano, mas simplesmente pelo fato de serem Igreja – por compreenderem os planos de Deus para a humanidade). Tanto que o próprio Jesus a utilizou metaforicamente. E por isso, esta metáfora permanece até os dias de hoje. Entretanto, o que chama atenção na postura de Jesus no que diz respeito às suas ovelhas, é que ele não as divide com ninguém!

Não existem “minhas ovelhas”; ovelhas do pastor “A” ou “B”. Todas as ovelhas pertencem a Jesus. Ninguém pertence a nenhum outro pastor que não seja o próprio Deus. Isso sempre esteve claro para os apóstolos (Jesus disse a Pedro: apascenta as MINHAS ovelhas (João 21:15,16,17)) e por eles, isto sempre foi ensinado. Pedro deixou isso bem claro quando ensinou: “Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.

Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho.” (1Pe. 5:2,3). Todos os pastores [devem] pastoreiam com amor as ovelhas de Jesus, por amor a Jesus (Jo. 21:15-17). Eles [os pastores, servos de Jesus] compreendem que não são donos de ninguém, que devem alimentar e conduzir a todos com a Palavra da Verdade, pelo caminho a Deus. Elas [as ovelhas] seguem quem ensina [e vive] a Palavra de Deus, pois reconhecem a voz do seu pastor (Jo. 10:27) [que é Jesus, que se faz presente também quando um pastor ensina as suas palavras]. Essas ovelhas [pessoas que seguem a Jesus] compõem a Igreja, a qual “as portas do inferno não prevalece” (Mt. 16:18).

A Igreja [pessoas que seguem e pertencem a Jesus] se organiza estrategicamente em instituições chamadas de comunidade, assembléia, igreja etc. As pessoas [Igreja] ligadas a essas organizações são compreendidas como “membros” [uma alusão (talvez inconsciente) a textos que definem a Igreja como um corpo (onde todos vivem ligados, e cada um tem uma função elementar, onde Cristo é a cabeça), como na carta de Paulo aos Efésios 4:15-16]. A palavra “membros” pode ser aplicada pelo menos a duas realidades:

1) Membro da Igreja – estabelecida por Jesus, composta pelos seus seguidores;

2) Membro da igreja – organizada pela Igreja de Jesus, composta por ela mesma [e, em alguns casos, composta também por pessoas que se passam por Igreja, mas não são convertidas ao evangelho de Jesus. Esses são “o joio” da parábola contada por Jesus, conforme relato no livro de Mateus cap.13 vs.24-46. Pessoas “joio” vivem enganando a si mesmas (pois geralmente não se percebem) e aos outros também (com as suas atitudes egocêntricas, hipócritas e maquiavélicas). Geralmente é através do “joio” que surgem os problemas no meio da Igreja, e os chamados “escândalos”]. O joio é suportado em amor pela Igreja que segue os ensinamentos bíblicos como o de Efésios 4:2-6.

Igreja enquanto “membro”, além de pertencer ao corpo de Cristo [que é o mais importante], “pertence” também a uma organização [igreja] geralmente gerida por um pastor. É nesta organização [igreja] que geralmente acontecem as reuniões de ensino/aprendizado; culto a Deus; planejamento estratégico (para que a Palavra de Deus chegue até outras pessoas) etc.

Apesar de existir uma grande ênfase na importância de um indivíduo se tornar membro de uma igreja, e da ligação (mesmo inconsciente) deste ato à salvação (da morte eterna), como foi dito acima: é mais importante fazer parte da Igreja de Cristo do que da igreja da Igreja de Cristo; ser membro da Igreja de Cristo do que da igreja da Igreja de Cristo. Quem é membro da Igreja (do corpo) de Cristo procura adequar todos os seus pensamentos e todas as suas atitudes aos ensinamentos da Palavra de Deus. Buscam poder dizer como o apóstolo Paulo disse: “vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20 – ACF), ou seja, buscam de fato estarem integrados em Cristo de tal forma que as suas palavras e atitudes são “controladas” por Ele, pelo seu Espírito que habita em cada membro de sua Igreja. Este geralmente faz parte também da igreja (instituição) da Igreja mas não confunde as coisas. Pois é em Cristo que há salvação, e não em igreja (instituição) alguma. A Igreja de Jesus Cristo é salva por Cristo e por Ele dedica a sua existência para ir e pregar o seu evangelho, seguindo o seu imperativo conforme Marcos 16:15. E assim, ela faz o que é preciso (dentro dos parâmetros bíblicos), como organizar as instituições e definir estratégias, para cumprir a sua Grande Comissão.

É sobre este entendimento que está organizada a SOEVIN – Sociedade Evangélica Internacional, que foi fundada com o objetivo de contribuir com o avanço do Reino de Deus, cooperando com a Igreja, suas Igrejas, missões e denominações espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, através da evangelização, treinamento de liderança, e suporte a pastores e missionários.